quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Reabertura do consultório, mas com horário limitado

Depois de uma semana em que se passou de falar todos os dias para quase zero, resolvi ver se se salvava alguma coisa. Tinha de se salvar.
Expus calmamente o meu caso, coloquei as minhas questões de forma clara e objectiva, e a resposta imediata foi... silêncio. Ele não estava à espera que eu tratasse do assunto de forma tão prática. Silêncio... Aquele silêncio em que sabes perfeitamente o que está a passar na cabeça dos dois, em que se escolhem palavras, evitam-se outras, tudo para ninguém cometer um deslize e voltar a repetir a estúpida discussão que se teve.
Depois de ouvir um "não te podes deixar envolver tanto nos problemas dos outros", concordar e pensar para mim própria (oh otário, mas ainda não percebeste que também são os meus problemas?), apercebo-me que afinal não é tão otário assim, só está a evitar assumir que percebe que também são os meus problemas.
Afinal andamos a evitar o pequeno elefante que tem estado este tempo todo ali no cantinho da sala. Bom, não faz mal, já percebemos os dois que ele ali está, é inofensivo desde que bem alimentado e tratado.
Nem 5 minutos depois, ficamos mais de duas horas ao telefone, voltando ao mesmo, a esse mesmo que concordámos que deveríamos evitar pelo bem da nossa sanidade mental. 

(...)
- Mas o que é que ela quer de mim?
- Não sei... tanto pode ser uma coisa como outra...
- Se fosses tu o que é que fazias?
- Sabes perfeitamente que não sou exemplo para ninguém, eu provavelmente aguentava, preferia manter a amizade do que ficar sem nada, ainda para mais já tendo tentado e não tendo dado bom resultado. Não te vou dizer o que fazer. Além disso, a minha a situação é diferente, no meu caso sei perfeitamente que a outra parte não tem o mínimo interesse nesse sentido. Isso facilita-me as coisas, confere mais estabilidade, tenho noção que é, pura e simplesmente, amizade. Não há margem para mais confusão, e permite-me não ficar presa a algo que não existe. (...)

(e o elefante aos saltinhos no meio da sala....)


Eu cá gosto é de sossego. E de falar e estar bem com vocês. O resto é paisagem. Mas eu também tenho TPM às vezes, portanto dá-me um descontozinho, vá lá. E vou continuar a lutar para estar bem comigo própria. Paz e amor para toda a gente, se pudesse oferecia no Natal.


(mas um dia que percebas o que é que ela quer afinal, e se for o que tu queres também, não estejas comigo 2 horas ao telefone a falar sobre isso, faz-me esse favor)

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Eis que de repente

já tenho médica de família E consulta marcada para dia 5 de Dezembro.

A ver vamos se o serviço satisfaz as minhas necessidades médicas, já vão sendo algumas.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

No fundo o que interessa

é que já se dão bem outra vez.
(já li esta frase com pelo menos 5 tons diferentes e todos se aplicam, é engraçado)

No fundo o que me interessa neste preciso momento é que já sei quem é o Red John e o que lhe aconteceu. E o meu jantar foi um pacote de oreo com chá (que se lixe, hoje posso). E agora vou dormir que nem uma pedra com a Mia a aquecer-me as patas, como é costume. Ao menos isso ninguém me tirou ainda.

Bad Karma?

O Universo por vezes tem formas... interessantes de nos testar.

Fora o stress normal, enfiou-se no horizonte próximo um projecto em que acumulo o meu estágio com um novo desafio que provavelmente vai fazer com que fique por estas bandas depois de Maio. Um desafio de responsabilidade, que me leva de novo aos livros (manuais, neste caso), aos agricultores e às suas terras, aos apoios comunitários. Aprender algo de raiz, sem grande noção ainda, em que basta pôr um pisco no sítio errado (ou não pôr no sítio certo) para lixar a vida a alguém.

Foi sob esta pressão que iniciei esta semana, depois de uns dias de discussões e mau-humor generalizado, em que houve quem levasse por tabela (até eu própria, de mim mesma, é uma acrobacia que me espanta).

Tinha o médio e o mínimo do lado esquerdo do meu carro fundidos há 3 semanas, andava há duas com as lâmpadas dentro do carro para fazer a substituição. Hoje era o dia. Já a cair o lusco-fusco meti-me a trocar as lâmpadas. As do mínimo claro que não eram as que tinha comprado, mas que se lixe. Já a lâmpada do médio consegui enfiá-la torta, e quem é que a conseguia tirar para a endireitar? Ficou torta, amanhã logo se vê. Vim pela estrada do campo para ver se não cegava ninguém, pois a luz do lado esquerdo parecia um máximo. Claro que vim todo o caminho com um carro à frente, a pôr-me no lugar dele e a chamar-me nomes.

6º feira quando saí daqui da casa de Benavente cometi a esperteza de trancar a porta da sala por dentro, saindo pela porta da frente, da qual não tenho chave. Hoje de manhã quando cheguei para deixar a gata em casa, percebi a grandeza da minha estupidez. Bom - pensei eu - liga-se ao dono da casa e pede-se a suplente, a gata tem acesso à cozinha, à casa de banho e à sala de jantar (que tem um sofázito), portanto não é grave passar o dia assim. Pormenor: o dono da casa está fora até 4ª feira. Bom - pensei eu enquanto respirava fundo - no pior dos casos durmo no sofá, fome não passo e tenho casa de banho e roupa lavada no outro quarto, que me serve de poiso para a roupa quando a tiro do estendal interior.

No caminho para casa lembro-me que deixei o valdispert na gaveta da mesa de cabeceira. Aí deu-me uma certa vontade de rir, mas acho que era do stress.

Vá lá, o pai dele tinha uma chave suplente da porta da frente. Hoje durmo na cama. Não pode correr tudo mal numa 2ª feira, certo?

Entretanto acho que as discussões (e falta delas) dos últimos dias são capazes de ter alguns resultados negativos e, pior, duradouros. Talvez seja melhor assim, como estava também não ia bem encaminhado. Se eu confessasse o que me vai mesmo na alma o estrago ainda seria pior, portanto, do mal o menos.

Posto isto, assumi a postura que o resto da semana há-de correr melhor. TEM de correr melhor. E sem valdispert. Porra, isto não é nada, venha daí o futuro.


ps - deixei cair o computador. Não se partiu. Ficou meio manco, mas não se partiu e funciona normalmente.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Cutucando o ninho da vespa

Há uma certa adrenalina logo pela manhã quando se manda um mail a perguntar à colega-que-nunca-vem-ao-escritório-mas-que-aparentemente-trabalha-que-se-farta por uns documentos que me deviam ter chegado há pelo menos uma semana atrás. Por mais cuidado que eu tivesse na linguagem para não levar uma ferroada (não há volta a dar, estou implicitamente a chamá-la de incompetente, mês após mês), quando acabei o simples e resumido mail e premi no botão "enviar", senti que estava a praticar uma qualquer espécie de desporto radical. É que eu não aprecio grandes doses de adrenalina, sobretudo logo pela manhã.

E é nestas alturas que as pessoas nos surpreendem. A resposta foi mansinha. Porque é que isso não me descansa?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O que é estar com o corpo num lado e a mente noutro


É hoje estar a falar de trabalho com uma pessoa ao telefone, ele dizer que passa no meu escritório amanhã e eu despedir-me com um "bom fim de semana".


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Das rotinas que não dispenso

fazem parte:

  • ouvir música que me anima durante o trajecto casa-trabalho-casa (quer em cd quer na rádio, que é muito previsível nessas horas);
  • chegar a casa e trocar mimos com os bicharocos todos que aguardam a minha chegada (os cães, os gatos, as vacas - quando calha, as aranhas - uns mimos por vezes um pouco mais violentos)
  • o ronron da Mia quando se vem deitar comigo (e me morde as orelhas, e me tenta arrancar os brincos, e me tenta lamber desalmadamente a cara)
  • matar saudades pelo telemóvel quando não pode ser em pessoa, várias vezes ao dia (começo a preocupar-me um pouco com isto)
  • matar saudades ao fim de semana, mesmo que às vezes não o consiga demonstrar adequadamente (há que desligar o complicómetro e aproveitar o momento)
se alguma destas me falha, está o caldo entornado.

sábado, 2 de novembro de 2013

Pequena nota mental

acerca do post anterior:

"Quando a esmola é grande, o pobre desconfia".


Empiricamente provado, quando um dia corre muito bem, vem aí coisa ruim.