segunda-feira, 21 de julho de 2014

Blurred lines

A minha teimosia funciona como âncora. No bom e no mau sentido.

Hoje no bom. Acho.

Lovely, just not that lovable

Ando muito negativista. Já sabia disso, não estava a conseguir "dar a volta", e eis que duas pessoas no espaço de horas me dizem que ando muito negativa. Problemas toda a gente os tem (sim, eu sei), os meus felizmente não são graves. Mas são chatos para mim, como os de cada um são para a respectiva pessoa.

A privação de sono pôs-me a divagar sobre estes assuntos em cada momento que tenho disponível. Não a lamentar-me, a divagar, puramente. Divagar pode fazer com que me sinta triste, mas não equivale a sentir-me uma vítima. É uma distracção como qualquer outra (cof. cof), mas a minha mania de sobre-analisar as coisas há-de ser o meu tormento eterno. Faz parte de mim, sou assim, não vou nem quero mudar. É chato (para quem me consegue aturar e para mim própria), mas faz com que não adormeça em cima do teclado. Não é só desvantagens, isto de ser croma.

Problemas de auto-estima todos temos a certa altura, mas não é que me desvalorize. É só o resultado prático, empírico, visível que me aborrece. Depois (ou antes, ou durante) aborreço-me a mim própria.

Quando alguém tem problemas e fala comigo sobre eles, resulta dizer-lhes aquilo que eu gostava de ouvir se estivesse na posição dessa pessoa. Basicamente, aquilo que eu acabo por nunca ouvir. Dizer só "tens de deixar de ser tão negativa" e dar o assunto como solucionado magicamente através de um interruptor que se liga e desliga de acordo com a minha vontade... pá, obrigadinha.

Felizmente distraio-me bastante bem sozinha. Que remédio, por força das minhas opções profissionais estou longe. E consigo achar momentos bons e vivê-los e senti-los e sentir-me grata por eles. Tal não significa que não me vá abaixo de vez em quando. Posso, não posso? Julgo não ser só a mim que acontece. Mas mesmo que ouça um "estás à vontade", as atitudes e o resultado prático levam-me a que cada vez mais prefira ficar caladinha no meu canto a tentar lidar com as minhas questões sozinha. Gostava que pudesse ser de outra maneira. Isso talvez seja um problema. (e assim recomeça o ciclo)


Dias bons, dias menos bons. Hoje correu bem. Só falta começar a compensar o sono.








segunda-feira, 30 de junho de 2014

Have a little patience

Eu tenho, juro que tenho. Mas às vezes o ponteiro bate quase no fim da reserva.

O tempo não faz desaparecer os problemas, antes pelo contrário. E paciência implica tempo. É um jogo de tentativa e erro que parece nunca resultar.

Pequenos rebuçados que a vida nos vai dando que quando se acabam fazem parecer que a luz ao fundo do túnel é afinal sempre apenas mais uma vela acesa.

E é mais uma vela que se consome rapidamente, fora as vezes que quase se apagou. Não entro em pânico com o escuro, mas isso não faz com que goste dele.

E a mente fértil em sonhos às vezes atrapalha mais do que ajuda. Mas não dispenso, nem pensar nisso. Que se lixe...

E... nada, vou dormir. E dormir é tão bom.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Enquanto há momentos destes...

Enquanto conseguir rir e fazer rir, nada está perdido.

E momentos destes podem durar pouco mas guardam-se.

Uma gargalhada de manhã vai tendo efeitos pelo resto do dia.

terça-feira, 25 de março de 2014

Há dias e dias

No outro dia fui beber café ao Porto Alto na minha hora de almoço e encontrei um conhecido (de trabalho, mas em todo caso uma cara conhecida, cumprimentámo-nos e tudo). Pensei cá para mim: "Ena pá, até já encontro conhecidos na rua, parece que finalmente me estou a integrar".

Não mais voltou a acontecer, continuo na mesma lengalenga de casa-trabalho-casa, eventualmente tenho de ir às compras, este fim de semana até fiquei cá para ir tratar de uns cabritos de um casal que ia passar o fim de semana fora. Não que esteja sempre enfiada em casa quando não trabalho, mas cá ando eu na minha solidão. Valem-me os gatos (a minha visão do futuro cada vez mais próxima).

Já não sei se prefiro ir a casa no fim de semana, sendo que ainda acabo por dormir menos do que se cá ficar. Tenho saudades de dormir até tarde. Fogão por limpar, é daquelas tarefas que ando a protelar indefinidamente. Cozinhar só para mim torna-se aborrecido, a vantagem é que não tendo muita vontade de comer já perdi alguns dos quilos que tinha a mais (e acabo por comer coisas mais saudáveis e tudo, que surpresa - tirando alturas em que desbasto um pacote de batatas fritas só porque me apetece).

A chatice (sorte?) é que uma pessoa habitua-se. Não devia. Depois é uma chatice para voltar a conviver com pessoas, conviver a sério, regularmente e porque se quer e não porque é o único dia (normalmente noite) em que se está livre e por aquelas bandas. Digam o que disserem, a distância importa. Não tanto para mim, diga-se de passagem, eu é que estou cá sozinha, se calhar tenho mais tempo para me preocupar com isso, mas já nem tanto, uma pessoa habitua-se...

A vida aqui não é má, eu é que a aproveito mal. Aproveito-me mal. E sei disso, só falta aquele impulso para fazer alguma coisa relativamente ao assunto. É como todas as manhãs ter 5 ou 6 (talvez até 7) alarmes para me levantar e ficar uma hora a ouvi-los e a desligá-los, até chegar ao limite e ter de me atirar para fora da cama e acabar por me atrasar não menos de 15 minutos a sair de casa (e consequentemente a chegar ao trabalho, a sorte é que ninguém normalmente dá conta/liga, e acabo por compensar na hora de almoço, já que raramente saio e como em 5-10 minutos). Aquela horinha na cama, naquele torpor (estupor), a divagar pelos pensamentos qual tortura masoquista...


Anda a faltar-me determinação. Não só, mas também ;)


Uma pessoa habitua-se.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Meses depois...

Continua tudo mais ou menos na mesma, mais formação menos formação. Hei-de voltar, com calma.