domingo, 29 de julho de 2012

Pensamentos antes de dormir

Pois é, estes pensamentos podem ser os melhores e/ou os piores. Ou então podem ser só esquisitos.

Estava agora quase a adormecer, depois de alimentar e acomodar o Leo para dormir ao fundo da minha cama. O pensamento deve ter começado por causa disso, apesar de ser pequenino e estar comigo há pouco tempo nota-se que também tem afecto por mim.
Muitos dirão que não é afecto, que é interesse, mas isso agora não interessa nada, já me estou a desviar do assunto e não é disso que quero falar.
Ter visto o Hitch há bocado só ajudou a ter pensamentos idiotas (pior um pouco se adicionarmos TPM à equação).
Quando me deitei comecei a pensar que há-de existir por aí alguém (entenda-se alguém do género masculino) que goste de mim pelo que sou, que seja capaz de ter afecto por mim (isto sem ter somente como objectivo a parte física). Oh, que fofinho, dream on. E estava a fazer uma analogia com isto dos gatos que referi antes. Como eles são capazes de gostar de alguém, de demonstrar carinho. Veio-me à memória um episódio passado no veterinário hoje à tarde, em que estava lá uma senhora que falava muito alto e exalava um odor estranho, que tinha ido buscar a gata que tinha sido operada (estava a gata meia zonza por causa da anestesia e ela quase aos berros a abaná-la e a chamá-la de querida). E a minha vizinha, que não bate bem da cabeça (mais por estupidez que por maldade) mas tem um gato que aparentemente a adora (é um prodígio, atende telefones, aquele gato faz tudo, segundo ela). E depois a velha frase de "quanto mais me bates mais eu gosto de ti"...
Depois comecei a pensar mais a fundo sobre a questão... bom... eles não têm grande escolha, eu apanhei-o, trato-o bem, alimento-o, dou-lhe cama, brinco com ele, dou-lhe carinho... mas é basicamente meu prisioneiro, certo? se não fosse eu e fosse outra pessoa que fizesse o mesmo... era igual, não era? ia gostar dessa pessoa também... nos humanos não é assim tão linear... não seria qualquer um que me apanhasse, que me obrigasse e viver na casa dele, me alimentasse, etc etc, e lá por isso tornar-se amor, pois não?

Ao que o pensamento termina com a seguinte conclusão: os animais (e nós??), em maior ou menor grau, sofrem de Síndrome de Estocolmo.

Uma linda história de amor ou.... Síndrome de Estocolmo?...

ps - tive de vir escrever isto senão amanhã já não me lembrava, amanhã provavelmente vou-me arrepender :)

2 comentários:

Vic disse...

Sabes que as relações com os animais são mais simples, Elsa, não envolvem tantos compromissos, e estes são só do nosso lado para com eles.
Depois, o mundo está cheio de burros e cegos :)

Unknown disse...

:) às vezes complica-se/simplifica-se o que não se devia. Mas era só um daqueles pensamentos ensonados que às vezes ocorrem :)