Acabei de ler este artigo no público (link).
Desde pequena que me lembro de ir a Lisboa e sentir a mania da perseguição. No entanto, nunca me aconteceu nada. Cheguei a assistir a uma cena caricata à minha frente mas sem consequências. Estava eu, a minha mãe e uma amiga à conversa na entrada da estação do Rossio quando começo a ver um rapaz encostar-se ao outro lado do pilar onde a minha mãe estava encostada. Encostou-se de braços cruzados, e começou a deslizar aos poucos, a chegar-se (e eu a ver). Devia estar sob a influência de uma qualquer substância incapacitante, pois deslizou até cair e acertou em cheio com o cotovelo no tornozelo da minha mãe, que ficou inchado e negro durante um mês. Pediu desculpa e pirou-se, não sei qual era o objectivo mas não o atingiu, ficámos com caras de parvas sem saber o que dizer.
Mas não era esta história que aqui me trazia.
Pedia a alguém que me explicasse o seguinte excerto:
"Quando lhe deram voz de prisão resignou-se. Estava evadido da cadeia desde 2010, altura em que foi condenado a cumprir seis meses de prisão em dias livres (cumpridos apenas aos fins-de-semana)."
Posso ir presa só aos fins-de-semana? Que fantástico, como é que isso funciona? Dá-me jeito para quando tiver de cometer um delito, só preciso da lista de condições que me fariam elegível a uma pena deste tipo.
2 comentários:
A nossa justiça está cheia de originalidades, Elsa.
Eu se for alguma vez preso, vou pedir para cumprir a pena às 4ªs feira, para ficar com semanas curtinhas.
Vic, com a sorte que tu tens, não sei... :)
mas realmente, este país está cheio de coisas no mínimo originais... eu fico parva...
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