Porquê tanta gente nas Forças Armadas? Antes que me batam, e para começar, restrinjo a questão um pouco mais: porquê tanto militar atrás de secretárias? A alternativa a reduzir o pessoal seria substituir parte dos militares por civis, já que fazem ambos parte da Função Pública (com esta quase que me mandam já para a fogueira). Não falo de graça, passei lá muito tempo, tenho uma boa ideia do 'gasto'. Sendo justa, as Forças Armadas são apenas parte do problema. Não entendo é como é que para funções sem ser de chefia (que ainda lhes dou essa de borla, a das chefias - mesmo as mais 'baixas' - terem de ser militares), e com competências igualmente adequadas mas vencimentos mais baixos, os funcionários públicos civis não estão em primazia nas áreas administrativas das Forças Armadas (que a bem ver ocupam uma boa fatia das mesmas). E isto é apenas um dos muitos pontos que sempre me fizeram alguma comichão, e que cada vez mais me fazem sentido. Nem falo de gastos supérfluos, que sempre existiram mas que certamente não estarão limitados às Forças Armadas.
O emagrecimento da despesa não pode passar apenas pela redução de pessoal, mas para a coisa ser bem feita é preciso confiar nas pessoas. Cada vez menos confio no brio profissional, no sentido de justiça de quem governa. Não pode ser feito tudo de uma vez, é certo. Não percebo grande coisa de gestão, de política, de economia. Mas sempre que vejo alguém ficar com algum poder na mão, começo a vê-los a puxar a brasa à sua sardinha. Faz parte de ser humano, suponho. Mas continuo a achar que o país merecia um pouco mais de altruísmo e profissionalismo, já que tem de haver tanto sacrifício.
Pronto, já me calei.
7 comentários:
A mim preocupa-me são os militares atrás de armas...
Em que sentido, Luís?
No sentido que quando estão atrás de armas, disparam, e quando disparam, dão cabo de coisas, e que quando dão cabo de coisas, posso ser uma delas.
Quando estão atrás de secretárias o máximo que fazem é ir almoçar.
Achas que vai chegar a um ponto em que os nossos vão cabo de coisas (além do orçamento)?
Por ora, acho que estás safo. Estamos, aliás. Espero...
Se não é para dar cabo de coisas, tenho uma ideia. Em vez de estarmos a comprar armas de verdade que são caras comó diabo, iam comprar umas de plástico ao chinês.
Até podíamos comprar umas maiores dos que as que temos, e fazíamos um figurão do caraças nas paradas.
Boa ideia.
Olha que ainda se poupavam uns trocos e a diferença não seria muito evidente... por acaso não sei se as velhinhas G3 ainda são usadas na recruta, nisso acho que somos poupadinhos.
Mas diz que convém ter umas de reserva para o caso de terem de dar cabo de coisas em algum lado, se alguma coisa der para o torto.
Como é que nenhum se lembrou de andar para aí a matar pessoas é que eu não sei.
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